Pitty mostrou seu talento como DJ ao lado de Mallu Magalhães, Lobão e dos Djs Edu Corelli, Johnny Luxo e Zegon.
A festa fechada para 800 pessoas aconteceu no Lions Night Club em São Paulo. Na foto Pitty e seu namorado Daniel Weksler (baterista do NXZero).
Oba Oba: Você já discotecou antes. Conte algumas experiências suas como DJ.
Pitty: Não sei se posso chamar de discotecar de fato, porque não sou DJ, não sei mixar, essas coisas. Meu negócio é apertar o play em algumas músicas que gosto e que acho que funcionam na pista. Das outras vezes que eu fiz me diverti muito, a ponto de me empolgar com a experiência e querer sempre fazer mais.
Oba Oba: Já tem um line-up pré-determinado? O Rock N' Roll vai dominar sua lista de músicas?
Pitty: Saio de casa com algumas coisas encaminhadas, mas é algo bem flexível. O legal é sentir a vibe da noite, e é meio na hora e no feeling que se descobre o que tocar. O rock é elemento majoritário, mas transito também pelo Blues, Eletro, Jazz, Rockabilly.
Oba Oba: Qual artista você mais gosta de tocar?
Pitty: Vou te falar que quando se toca Gossip ninguém fica parado. Mas vai de Placebo a B'52, passando por The Ronettes e Queens of The Stone Age.
Oba Oba: E qual artista você não toca 'nem a pau'?
Pitty: Alguns que adoro mas que acho que não é pra esse momento, tipo Nick Drake. Coisas mais introspectivas assim tem que ter uma hora muito certa pra funcionar.
Oba Oba: Você vai dividir as picapes com o Felipe Andreoli, do CQC. O que acha do cara? Será que suas influências musicais são as mesmas?
Pitty: Fiquei pensando nisso: não tenho a menor ideia do que ele vai tocar ou do que gosta de ouvir. O conheço pouco, só nos encontramos algumas vezes, mas ele parece ser gente fina. Não saber se as coisas que eu vou tocar têm a ver com as opções musicais dele é parte da graça dessa brincadeira. Se não tiverem a ver talvez seja até mais interessante.
Oba Oba: Você relançou seu mais recente álbum em vinil. O que acha do retorno do LP? Vai discotecar usando o famoso 'bolachão'?
Pitty: Adoraria discotecar com LPs, mas é um trambolho danado pra carregar e nem sei se eles têm pick ups lá. Vou facilitar o processo. Mas amo vinil e minha coleção só aumenta; ver o meu disco sendo lançado nesse formato é meio que a realização de um fetiche.